Uma romaria por todas as encruzilhadas do bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, serve como estratégia para entender o bairro como um lugar de encontros de diversas tradições e identidades. As encruzilhadas, passagem constante de Exu, são mapeadas e registradas numa ação que revela as veias geográficas do bairro. “Atravessando”, pois, se converte não somente num ato de deslocamento físico, mas também de efetivação do ato vadio de “levar vantagem”, invocando os espíritos indomáveis das ruas a abrir os caminhos da criação.
