A fotografia traz como elemento central uma escultura de uma embarcação feita de açúcar que é equilibrada sobre a cabeça de um homem cuja identidade não é possível de ser vista completamente. A imagem parece justapor a história da diáspora negra ao material que foi o próprio algoz para a população afro-brasileira: o açúcar. Em termos de composição, a posição do olhar da pessoa retratada se opõe ao destino para onde o barco aponta, contrastando dois sentimentos dicotômicos: a certeza da ancestralidade e o desconhecimento do destino.
